sexta-feira, 16 de setembro de 2011

COM PAPAS NA LÍNGUA!

Repressão, censura e opressão são palavras que definem o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985) marcado pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar. A CENSURA, sem dúvidas, foi um dos pilares da repressão. Os militares tinham como objetivo controlar a divulgação das informações, calando os críticos e passando à população uma imagem positiva da situação do país. Os jornais e rádios da época eram obrigados a publicar apenas as notícias permitidas pelo governo. Nem os músicos e poetas escaparam dessa repressão, muitos deles resistiram de forma explicita ou camuflada, criticas ao governo estavam subentendidas nas letras das musicas e nos textos poéticos e devido a isso, vários artistas como: Gilberto Gil, Chico Buarque de Holanda dentre outros, foram exilados do país durante este período.
A liberdade de imprensa e expressão, no Brasil, só foi reconquista com o processo de redemocratização após o fim do governo totalitário. Todavia, ainda hoje países como a China, Cuba e muitos países árabes tem os meios de comunicação dominados pelo governo.A Coréia do Norte,é o caso mais extremo dentre os países que sofrem repressão. Nela não há jornalistas independentes e todos os aparelhos de televisão e rádio vendidos são pré-programados para receber freqüências específicas do governo.

DE QUE LADO QUEREMOS ESTAR?

Quando em 1º de setembro de 1939, Adolf Hitler invadiu a Polônia, tinha início também uma das mais tristes experiências humanas de todos os tempos: O Holocausto, extermínio sistemático dos judeus. Nesse período, viviam na Polônia mais de 3 milhões de judeus, aproximadamente 10% da população. Após a invasão, os nazistas confinaram essas pessoas nos chamados “guetos” (bairros de grandes cidades, cercados e policiados).
Entre 1939 e 1941 13 guetos e 42 áreas de confinamento foram criados na Polônia. O “gueto de Varsóvia” era o maior deles, constituído por quase meio milhão de pessoas. Ali os judeus eram obrigados a usar um distintivo especial de identificação e submetidos a trabalhos forçados, recebiam alimentação precária, e não recebiam condições mínimas de higiene, muito menos saúde, sendo alvos constante de agressão dos soldados.

No dia 20 de janeiro de 1942, o departamento de Segurança Alemão decidiu exterminar em massa os judeus, que seriam levados para os campos de concentração, em seguida executados em câmaras de gás, essa política deu-se o nome de “Solução Final.” Ao todo foram construídos seis campos de extermínio na Polônia, dentre eles o campo de Auschwits e Majdanek, onde alem de sofrerem os maus tratos, os prisioneiros eram também usados como Mão-de-obra escrava nas indústrias alemãs. Outros ainda foram usados como cobaias humanas para pesquisas cientificas, esses experimentos causavam diversos efeitos colaterais, levando muitos à morte. Quando o exército soviético libertou os campos de concentração, foram encontrados apenas 500 mil sobreviventes e milhões de cadáveres.
Vale ressaltar que as idéias de Hitler nasceram dentro de um contexto propício e que aparentemente ofereciam esperança de dias melhores para uma Alemanha destruída pela Primeira Guerra Mundial. Não nasceram com cara de morte, mas com cara de vida e esperança. No entanto, a intolerância as diferenças em geral, o levou a cometer tamanhas atrocidades. Portanto, a questão maior é decidirmos em que lado queremos estar: entre os intolerantes ou entre os “intolerados”. Se não formos capazes de saber lhe dar com as diferenças já nos definimos em que lado estamos e aí os holocaustos continuam...

DO VOTO DO "CABRESTO" AO VOTO SECRETO E UNIVERSAL



Até a República Velha, as eleições eram feitas através do voto do “cabresto”, que era uma característica do coronelismo e a partir do qual o eleitor era obrigado a votar nos candidatos exigidos pelo coronel. Quem se negasse a votar, seria sujeito à violência dos “capangas”.

Após a Revolução de 1930, Getúlio Vargas, já no governo, aboliu essa prática de fraude e instituiu o voto universal e secreto. A partir daí, até as mulheres ganharam o direito de votar e serem votadas, sendo assim reconhecidas como cidadãs.








CANUDOS: EXEMPLO DE LUTA E RESISTÊNCIA

No final do século XIX, a situação do Nordeste era muito precária. Miséria, fome, seca e abandono político faziam parte da realidade dos nordestinos.
O episódio de Canudos que, inclusive é retratado na obra Os Sertões de Euclides da Cunha, é visto como um dos exemplos mais trágicos de manifestações em que estavam presentes conteúdos religiosos e de carência social.
Tal movimento ocorreu no sertão da Bahia e teve a duração de quase um ano. O motivo? O beato Antonio Conselheiro, líder do movimento, acreditava que tinha sido enviado por Deus para acabar com as desigualdades e com os pecados republicanos, como por exemplo: o casamento civil e a cobrança de impostos. Com isso, ele conseguiu reunir um grande número de seguidores que acreditavam que realmente seriam libertos da situação de extrema pobreza em que se encontravam.
Apesar de ter significado uma luta de intensa resistência dos habitantes de Canudos, eles acabaram sendo massacrados de forma brutal e violenta. Porém conseguiram mostrar que não aceitavam a injustiça social que pairava na região.




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL

Após a Inglaterra mostrar ao mundo a Revolução industrial, percebeu que a escravidão vinha a se tornar um prejuízo para seus lucros capitalistas, até porque os escravos não podiam comprar produtos ingleses, ou seja, os escravos não eram também consumidores. Foi então que a Inglaterra, agora industrial, resolveu abolir a escravidão, tanto dentro dos seus limites territoriais como nos países escravocratas. O primeiro ataque radical imposto pelo Parlamento inglês, foi a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.
A redução do tráfico negreiro, principalmente brasileiro, foi drástica, mesmo assim a escravidão persistia no país. Em 1850 o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiroz, que acabou com o tráfico negreiro. A partir daí a abolição já era inevitável, mas sendo adiada ao máximo. Criando-se assim várias novas leis. Em 28 de Setembro de 1871, era aprovada a Lei do Ventre Livre, a qual dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários, que considerava livre todos os escravos com mais de 60 anos de idade.
Finalmente, em 13 de Maio de 1888, foi promulgada a Lei Áurea pela Princesa Isabel. Dando-se assim a abolição concreta da escravidão no Brasil.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Destino Manifesto: A nova fase


A expressão ”Destino Manifesto” foi usada pela primeira vez por volta de 1840 em um artigo publicado pelo jornalista John L. O’Sullivan. De acordo com esse pensamento, o EUA era uma nação predestinada por Deus a comandar o mundo, eles haviam recebido a missão divina de ser a maior potência mundial e para isso precisou inicialmente conquistar novas terras, dando início ao processo de expansão territorial.
Como um dos métodos usados para a expansão do território, o Destino Manifesto deu início a “marcha para Oeste”, divulgada pela imprensa e pelo governo da época que motivava as pessoas a migrarem em direção ao Oeste. A doutrina do Destino Manifesto dava aos EUA o papel de imperador do mundo e com a conclusão da expansão territorial, o país passou a fazer uma série de intervenções nos diversos países que eram contra ao seu imperialismo, como o que aconteceu em Nicarágua, onde os militares americanos ocuparam o país durante 26 anos.
Além disso, durante a Guerra Fria, os EUA financiaram diversas ditaduras, inclusive no Brasil a fim de conter a expansão do socialismo. Essas intervenções em outros países são justificadas pelas mesmas ideologias que justificavam sua expansão territorial no passado. Até hoje o país continua com sua política intervencionista, a única coisa que muda são os motivos. O Ataque as Torres Gêmeas, por exemplo, ocorrido em 2001, não passava de um pretexto para movimentar cada vez mais a economia armamentista americana. Outro bom exemplo foi a invasão do território iraquiano alegando que o líder Sadam Husseim estaria produzindo armas de destruição em massa em seu país, o que não passava de um pretexto para se apropriar das reservas de petróleo do Iraque, já que os EUA estava passando por uma crise econômica. Sem falar que para isso eles estavam muito bem armados, o que movimentaria mais uma vez a indústria bélica. Ou seja, o verdadeiro motivo era econômico.
Desta forma, pode-se perceber a nova fase do Destino Manifesto, onde agora ao invés de domínio territorial, a meta é o domínio econômico, o que fez do país a maior potência econômica do mundo.